Veres-te com novos olhos: o retrato como acto de coragem e amor-próprio
- Ana Antunes
- 12 de mai.
- 2 min de leitura
Durante anos, ouvi mulheres dizerem:
"Não sou fotogénica",
"Quando emagrecer, faço",
"Detesto ver-me em fotografias."
E sempre que ouço estas frases, o meu coração aperta um bocadinho. Porque sei o que está por trás delas: uma desconexão com o nosso corpo, com a nossa imagem, com quem somos hoje — não ontem, nem daqui a um ano.
A verdade é que uma sessão de retrato feminino é muito mais do que “tirar fotografias bonitas”. É um momento de presença. É um espaço seguro onde te podes ver como és — sem filtros, sem exigências, sem máscaras.
É um acto de coragem.

Sim, coragem. Porque implica enfrentares o desconhecido.
Implica confiares em alguém (em mim) para te guiar, para te mostrar aquilo que tu já és, mas talvez tenhas esquecido.
Não é preciso saberes posar. Não é preciso seres modelo. Basta que tragas contigo a vontade de te veres com novos olhos.
Cuidar de ti não é egoísmo. É sobrevivência.

Vivemos a correr. Entre tarefas, entre cuidar dos outros, entre “um dia faço algo por mim”. Mas esse dia, muitas vezes, não chega. E a verdade é esta: também mereces ser cuidada. Também mereces existir nas tuas memórias.
Uma sessão de retrato é uma pausa. Um mimo. É um espelho onde te vês inteira — vulnerável e poderosa, suave e firme, mulher por inteiro.
O retrato devolve-te a ti própria.

Quantas vezes olhaste para uma fotografia tua e pensaste:
"Ah, afinal... sou bonita."
"Ah, afinal… há força neste olhar."
É isso que procuro capturar: a tua essência. A tua história, sem palavras.

Se sentes que está na hora de fazeres algo por ti, então talvez esta seja a tua oportunidade.
Estarei aqui, de câmara na mão e coração aberto, à espera de te mostrar aquilo que já és: Suficiente. Linda. Inesquecível.
Com carinho, Ana
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